quinta-feira, novembro 29, 2007

Análise » Benfica – Milan (1-1)

O difícil embate frente ao actual campeão europeu, acabou por ser menos complicado do que se esperava. O Benfica apesar de não ter alcançado a tão necessitada vitória, demonstrou em campo argumentos mais que suficientes para ter derrotado o colosso clube milanês. Apesar de ter entrado excessivamente nervosa e receosa, tendo mesmo sofrido um golo nos primeiros 15 minutos, a equipa conseguiu reagir à adversidade e poucos minutos depois restabeleceu a igualdade com um golo soberbo de Maxi. A equipa cresceu imenso com esse golo e criou oportunidades mais que suficientes para poder vencer o jogo. Boas exibições em quase todos os sectores, exceptuando na zona de finalização. Nuno Gomes continua a ser o mesmo de sempre, ao ter receio de rematar à baliza. É certo que a assistência para Maxi foi perfeita, mas ele estava numa posição frontal e por momentos teve o espaço para rematar sem oposição. Não apreciei a 1ª parte de Katsouranis, um pouco à semelhança da 2ª metade de época anterior, esteve demasiado lento tanto nas movimentações como no passe. Não me enganei, disse antes da partida, que o perigo do Milan estaria nos pés de Kaká e Pirlo, e assim foi. Fico com a sensação que esta equipa do Milan ficou carente de um avançado de grande valor após a saída de Schevchenko. Gilardino não me convence, Ronaldo é o que se sabe e Inzaghi é o único avançado de real valor nesta equipa, mas a idade já começa a pesar.

Análise Indvidual
Quim – penso que não viu a bola a partir no colocado e excelente remate de Pirlo. Teve 2 pontapés deficientes. Conseguiu desviar para canto um corte de Petit, de resto teve pouco trabalho.
Luis Filipe – encontrou algumas dificuldades com Kaká, mas fez uma exibição bastante positiva tendo em conta o oponente. Várias cortes e boas combinações e subidas a ajudar no ataque. Repita a exibição sábado.
Luisão – imperial no cortes de cabeça e sempre atento às movimentações do adversário. Sem falhas.
David Luiz – alguns cortes e antecipações em mais uma exibição segura, controlando sempre as iniciativas de Kaká pelo meio. Saiu esgotado e a defesa ressentiu-se da sua ausência.
Leo – boa exibição do lateral após o mau início da equipa, tendo ele mesmo algumas falhas no posicionamento, quando Seedorf aparecia por ali sem marcação. Após e empate subiu bastante de rendimento, tendo o Milan desistido mesmo de atacar por aquele flanco.
Petit – exibição positiva do guerreiro da Luz. Teve um embate de gigantes com Gattuso, o jogador italiano com mais semelhanças ao 6. Foi visível o respeito mútuo dos 2 jogadores no abraço que deram a meio da 2ª parte em sinal disso mesmo.
Katsouranis – não gostei da exibição do grego, principalmente na 1ª parte. Demasiado lento. Subiu na 2ª parte, mas aquém das expectativas, acabando o jogo a central.
Maxi – jogo fantástico, coroado com um golo magnífico. Exibição muito positiva a todos os níveis, que a atacar, quer a defender. Podia ter bisado no jogo na assistência de Nuno Gomes, mas o remate saiu-lhe mal. Na minha opinião, o Man of the Match.
Rui Costa – boa exibição do maestro, passes fantásticos, jogadas geniais. Apenas abusou no remate quando por vezes as hipóteses de êxito, eram diminutas. Ia marcando um golo de antologia numa jogada individual fantástica pelo lado esquerdo.
C.Rodriguez – ao contrário de alguns comentadores, penso que a exibição do uruguaio foi positiva, em especial no auxílio defensivo. Notou-se alguma quebra física, mas apesar de tudo fez uma boa exibição, pecando na finalização dos lances.
Nuno Gomes – exibição com pontos negativos e outros positivos á mistura. A exibição foi esforçada, teve um remate à meia volta muito perigoso que infelizmente foi à figura de Dida. Duas boas assistências, uma para Rodriguez e outra para Maxi, tendo eu ficado com a sensação que na última deveria ter arriscado o remate.
Di Maria – continua a cometer várias infantilidades, como os remates desenquadrados e algumas perdas de bola. Podia ter feito o golo numa diagonal para o meio, mas o remate forte saiu à figura do guarda-redes.
Cardozo – entrou para o lugar de Nuno Gomes, mas não trouxe perigo para a defesa milanesa. Revela ainda muita falta de condição física e inadaptação ao nosso futebol.
Adu – entrou demasiado tarde para poder ser o talismã. Ainda assim participou algumas vezes na construção do ataque.

Camacho – esteve muito perto de derrotar o Milan de Ancelotti. Terá errado na colocação tardia de F. Adu em campo. Tirar Nuno Gomes é discutível, poderia ter sido diferente com 2 avançados em campo, mas isso é muito subjectivo. A equipa jogou um bom período um bom futebol e continua a demonstrar capacidade para virar sair de resultados negativos. Apenas tem que melhorar a atitude da equipa nos inícios dos jogos, para que não comecem os jogos a perder mais uma vez . É imperioso encontrar um matador na reabertura do mercado.


Benfica vs Milan (1-1) Champions League- Higlights
Colocado por -Rush

segunda-feira, novembro 26, 2007

Análise » Académica – Benfica (1-3)

Após uma paragem do campeonato devido aos compromissos das selecções, era uma incógnita a maneira como o Benfica iria se apresentar após a recuperação no campeonato e goleada perante o Boavista. Estas paragens por vezes não beneficiam os clubes, e os jogadores principalmente da América do Sul chegam sempre tarde aos respectivos clubes, facto que Camacho salientou e lamentou significativamente. Necessários alguns ajustes na equipa e também alguns regressos de jogadores nucleares nos convocados, fizeram com que Camacho apostasse num onze inicial com uma táctica de 4-4-3. Nuno Gomes no meio e Di Maria na esquerda e Nuno Assis na direita, apoiados de perto por Rui Costa, com Binya e Katsouranis nas tarefas mais defensivas do meio campo. Na defesa, a salientar o regresso de David Luiz que justificou completamente a titularidade. Mas aos 10 minutos surge a lesão de Nuno Assis que obrigou a alterações na equipa com a entrada de Cardozo, penso eu que errada, visto que a prestação do paraguaio veio apenas demonstrar que ainda estava com algumas dificuldades físicas. Talvez a entrada de Nélson para o mesmo lugar que ocupava o lesionado Assis tivesse sido uma melhor opção, mantendo-se assim a estratégia inicial.
O jogo estava equilibrado mas sem grande emoção e oportunidades de golo. A equipa benfiquista andava um pouco perdida no meio campo defensivo fazendo várias faltas perto da área. Até que num livre surge o golo da Académica, após a recarga e um deficiente corte de Luis Filipe, a bola sobra para Lito que remata forte e colocado sem dar hipóteses a Quim.
Mas a reacção da equipa do Benfica foi motivada principalmente pela circulação de bola conduzida por Rui Costa e pela velocidade de Di Maria, tendo mesmo um violento remate à barra. Numa nova iniciativa do jovem argentino em contra ataque, conduzindo a bola com bastante velocidade, parado apenas à entrada da área através de falta, surge um livre superiormente marcado por Rui Costa dando o empate merecido. Foi importante marcar antes do intervalo para que a equipa pudesse voltar à estaca inicial, tendo ainda bastante tempo para poder resolver o jogo a seu favor na 2ª parte.
De salientar na 2ª parte, há principalmente o regresso do guerreiro Petit, que todos os benfiquistas saúdam. A substituição de Nuno Gomes é perfeitamente compreensível, talvez pelo cansaço ou pelo regresso à nulidade, pois, pouco estava a contribuir para a equipa. Mas o jogo foi equilibrado, apesar de alguns fora-de-jogo muito mal tirados ao ataque do Benfica, não houve nada de significativo a registar até perto do final do encontro. Até que, mais uma vez esta época, revelando que a equipa de Camacho luta até ao fim, numa dupla intervenção deficiente do guarda-redes da briosa, Luisão de calcanhar dá a vantagem ao Benfica. Os minutos finais do jogo vieram demonstrar também a tendência para Adu marcar no final do jogo, pondo um ponto final na partida com uma vitória importantíssima conseguida com alguma felicidade mas também com algum querer, não perdendo pontos antes do embate com o líder FCP na próxima jornada.

Análise Individual
Quim (6)– sem hipóteses no golo sofrido, de resto muito pouco trabalho e pouco para analisar
Luis Filipe (5) – até começou bem o jogo com bons cruzamentos, mas depressa voltou ao que infelizmente nos habituou. Assiste Lito para o golo da Académica num corte à sua imagem.
Luisão (7)– o regresso de David Luiz para jogar ao seu lado liberta Luisão de uma outra forma e parece mesmo que lhe dá mais motivação e liberdade. Marcou um importante e interessante golo
David Luiz (9) – nem a prolongada lesão quebrou momentaneamente a sua capacidade. Fez um jogo soberbo e mostrou uma disponibilidade física invejável. Foram imensos os cortes providenciais e as antecipações dignas de um grande defesa central. Na minha opinião, o melhor em campo.
Leo (7)– excelente a defender e muito bem a atacar apoiando Di Maria
Binya (7) – importante na luta do meio campo, marcando sempre em cima N´Doye, que era o elemento mais perigoso e rápido da equipa adversária. Escapou várias vezes ao amarelo.
Katsouranis (6) – jogo fraco do grego, muito também, pelo cansaço dos jogos da selecção. Foi substituído com naturalidade
Nuno Assis (4) – foi infeliz, visto que sofreu uma pancada aos 10 minutos que o deixou fora do resto do jogo
Rui Costa (8) – grande exibição do 10. Não só pelo golo de livre que deu o empate, mas também pela influência que teve na organização do jogo. Um dos poucos a quem a paragem foi benéfica.
Di Maria (7) – um dos jogos mais interessantes do jovem argentino a titular. Velocidade e determinação. Foi um verdadeiro quebra-cabeças. Dois remates à barra(1 fora de jogo) e sofre a falta que originou o livre que dá o empate. Foi pena é ter tido alguns momentos em que andou desaparecido do jogo.
Nuno Gomes (6) – para não ser mau mais uma vez, vou justificar a fraca prestação com o cansaço da selecção.
Cardozo (6) – revelou muitas dificuldades físicas. Teve também pouca bola. A registar de mais positivo é a assistência para Adu no 3º golo.
Petit (6) – o seu regresso já é mais que suficiente para ficarmos agradados. Demonstrou em campo aquilo que vinha a fazer já no banco, ou seja, vontade e raça, tendo ajudando várias vezes nas tarefas defensivas.
Freddy Adu (6) – entrou para o lado direito do ataque, não é a sua posição favorita, mas permite-o fazer diagonais com capacidade para rematar de pé esquerdo e foi isso que fez mais uma vez ao cair do pano marcando um belo golo que acabou com as dúvidas.

Camacho (7) – teve que reorganizar a equipa e alterar a estratégia aos 10 minutos, e voltou a mexer mais tarde quando abdicou de Nuno Gomes por Adu, alterando novamente a disposição táctica. Continuo apenas a discordar da insistência em Luis Filipe. Resta apenas saber em que estado está Nélson. Não sei quem vai jogar naquela posição enfrentando Quaresma no jogo com o Porto, mas Luis Filipe me parece o menos indicado.

terça-feira, novembro 13, 2007

Análise » Benfica – Boavista (6-1)

Parece tornar-se hábito o Benfica realizar grandes jogos no Estádio da Luz frente ao Boavista. Na época anterior fui ver um grande jogo na Luz, que foi uma autêntico massacre que incrivelmente acabou num nulo perfeitamente injusto. Felizmente que esta época passou-se o inverso no pecúlio do marcador. O Benfica goleou o Boavista por 6-1, mas ao contrário do que sucedeu na época anterior, Boavista mostrou outra atitude que veio dignificar ainda mais a vitória encarnada. A expulsão de Zé Kalanga e o golo de Maxi são os momentos vitais do jogo. Cristian Rodriguez foi mais uma vez o jogador em maior destaque, merecendo inteiramente(segundo as notícias de hoje) a renovação e um salário de valor igual ao tecto salarial da equipa. Assim é que se deve premiar quem trabalha verdadeiramente jogo após jogo.
Rui Costa, provavelmente menos desgastado do que em jogos anteriores, fez um belíssimo jogo merecendo inteiramente os aplausos na sua substituição. Tenho que destacar também as diferenças ao nível físico dos jogadores, comparando com o ano anterior, para muito melhor.
Infelizmente sei que não vai acontecer a dispensa de Luis Filipe já em Janeiro, pois foi um jogador contratado esta época, e raramente isso acontece a um jogador utilizado. Não vou mais uma vez crucificar o jogador, mas é mais que óbvio que o lateral português não tem conseguido estar a um nível que se exige a uma equipa como o Benfica. Volta Nélson, estás perdoado…
Binya ficou tão arrependido de Glasgow que até os jogadores boavisteiros deverão ter ficado espantados. Negativamente, foi uma pena o falhanço de Bergessio, entendo perfeitamente a tentativa de incentivo de moral ao jogador. Mas acho que mesmo assim se justificava que fosse Nuno Gomes a marcar novamente para que eleva-se a sua soma de golos no campeonato. Incrivelmente e horripilante foi a entrada violenta de Ricardo Silva (não é difícil saber onde é que foi formado) sobre Cardozo, que lhe causou uma lesão impeditiva de continuar a jogar e a uma paragem de 2 semanas. Não fosse essa situação e teria sido provavelmente Cardozo a marcar os penaltys. Pior de tudo é que o árbitro não parou o jogo dando a lei da vantagem no lance e não mostrando qualquer cartão, que seria sem margem para dúvida vermelho. Aguarda-se pelo sumaríssimo… Menos de 3 jogos é inaceitável. Viram o Edgar??!!! Eu vi esse ingrato imundo a entrar, e depois disso nunca mais o vi…

Análise Individual
Quim (7) – respondeu sempre à altura, não tendo qualquer hipótese no golo sofrido nem no lance em que a bola foi ao poste.
Luis Filipe (5) – continua a errar constantemente em diversas ocasiões durante os jogos. O golo sofrido é fruto da sua incapacidade. De positivo apenas há que salientar que tem melhorado nos cruzamentos.
Luisão (7) – desta vez quase que marcava de cabeça, não fosse a boa intervenção de Jehle. Esteve sempre atento e sem falhas.
Katsouranis (8) – muito boa prestação do grego, nem a escorregadela infortunada mancha a sua exibição. Era nele que as jogadas de ataque se iniciavam, indo muitas vezes com a bola controlada para lá do meio campo. Insuperável defensivamente.
Leo (7) - começou o jogo com imensas dificuldades para parar o angolano Zé Kalanga, recorrendo por diversas vezes à falta, valendo-lhe o único amarelo da equipa e sendo algumas vezes mesmo ultrapassado. Mas a certa altura conseguiu ser mais esclarecido, e acabou por ganhar o duelo ao “expulsar” o angolano. A falta da presença do angolano deu-lhe mais liberdade, tanto que subiu muito mais vezes, fazendo mesmo a assistência para o 2º golo.
Binya (6) – muito mais comedido e menos interveniente, em resultado da situação de Glasgow, mas sempre muito certo tacticamente ocupando muito bem os espaços e recuperando algumas bolas e também em bom plano na distribuição do jogo.
Maxi Pereira (6) – o uruguaio fez um jogo pouco conseguido, pincelado positivamente pelo importante golo que marcou, mas mesmo assim não lhe salvando da esperada substituição.
Rui Costa (8) – o maestro logo cedo começou a orquestrar cotando-se como um dos melhores em campo. Vários foram os passes acertados a rasgar a defesa. Excelente assistência para o golo de Cardozo. Uma quantidade significativa de outros bons pormenores só lhe faltando o golo para abrilhantar a sua participação no jogo.
Cristian Rodriguez (9) – brilhante exibição a todos os níveis. Simplesmente magnifica. Marca um golo, assiste outro para Nuno Gomes, sofre penalty, faz a recuperação defensiva na área que culmina no 1º golo e ainda mais uma extensa lista de grandes pormenores do internacional uruguaio. Renovação já!!! O uruguaio está a ser o real substituto de Simão Sabrosa.
Nuno Gomes (8) – bom jogo do avançado. Bisou no jogo e podia até ter marcado mais, num golpe de cabeça e se tivesse sido ele a marcar o 2º penalty, como tinha feito no 1º.
Cardozo (7) – abriu o activo, muito bem assistido, e com a sua classe facturou. Ainda na 1ª parte mostrou o seu famoso “coice” dificilmente defendido para canto pelo guardião boavisteiro. Não tivesse sofrido a lesão e podia ter marcado mais, nem que fosse nos penaltys…
Di Maria (6) – entrou bem no jogo e deu bastante velocidade ao ataque. Faz meio golo no remate que culminou no auto golo de “Ceifeiro” Ricardo Silva.
Bergessio (4) – desperdiçou uma excelente oportunidade moralizadora ao falhar o penalty gentilmente oferecido pela equipa, demonstrando a boa harmonia que existe no plantel.
Romeu Ribeiro (4) – pouco tempo em campo, nem sequer me recordo de ter tocado na bola.

Camacho (8) – esteve muito bem e mexendo na altura certa. Talvez só teria feito 2 situações diferentes, tinha tirado Luis Filipe em vez de Maxi e tinha colocado Adu mais cedo em vez do Romeu Ribeiro. Certo é que conseguiu moralizar a equipa e pô-la a jogar bom futebol, mesmo após o desaire frente ao Celtic. Fim de semana em cheio com a perda de pontos do rivais.

quarta-feira, novembro 07, 2007

Análise » Celtic – Benfica (1-0)

Encontro vital para as aspirações europeias do Benfica. A equipa entrou muito bem no jogo e a dominar o adversário calando completamente os adeptos do Celtic. Várias oportunidades, em especial por Cardozo, mas todas elas falhadas. Boas jogadas, troca de bola, cruzamentos e pressão alta no campo. Tudo indicava que seria desta que o Benfica ganhava no terreno do Celtic, tal estava a ser o domínio de jogo. Durou cerca de 25 minutos, mas foram infrutíferos. O Celtic conseguiu controlar melhor as investidas do Benfica e começou a criar bastante perigo. Já quando se esperava o intervalo com um empate a zero, eis que acontece o momento do jogo. Um remate de McGeady que é ainda desviado por Luisão enganando completamente Quim que ainda toca na bola. Um duro golpe num momento muito importante do jogo. Uma equipa seguia moralizada para o intervalo, situação bem diferente para a outra equipa.
A 2ª parte foi muito fraca, a equipa do Benfica não teve capacidade para dar a volta e nas oportunidades que teve voltou a desperdiçar. Quim segurou um magro resultado perante uma equipa com pouca qualidade e que estava perfeitamente ao alcance de um Benfica, não tivesse no seu plantel alguns jogadores ridículos e sem categoria. A vitória da equipa escocesa é apenas justa pela nossa incapacidade e inexistente capacidade de finalização.

Análise individual
Quim – excelente exibição. O que menos merecia a derrota. Foram várias as defesas complicadas que foi obrigado a fazer, mas sempre com enorme classe. Não tem qualquer culpa no golo, já que é traído pelo desvio.
Luis Filipe – alguns erros, mas foi esforçado e conseguiu bons cruzamentos que não foram mais perigosos porque apenas lá morava um jogador na área.
Edcarlos – foi resolvendo como pode as dificuldades que foi encontrando, mas não comprometeu
Luisão – mais uma vez aconteceu aquilo que já tinha falado anteriormente, ou seja, falhou escandalosamente de cabeça uma excelente oportunidade. Teve a infelicidade de estar no sítio errado no lance do golo.
Leo – esteve muito bem nos minutos iniciais. Algumas dificuldades com o extremo escocês, mas resolveu quase sempre bem.
Binya – tudo o que de bom fez na 1ª parte foi esquecido depois da entrada a matar que lhe valeu o vermelho directo. É inconcebível a sua atitude, que já vinha a prometer nos jogos que tem feito. Mais valia dar-lhe um capuz preto para por na cabeça ao invés dos pirilampos que tem no cabelo.
Maxi – o pior jogo que já fez pela equipa. Muito fraco e completamente perdido em campo.
Katsouranis – exibição mediana. Já lhe vimos fazer bem melhor. Não comprometeu, mas a falta de velocidade por vezes prejudica-o quando cai em certas zonas do terreno.
Rui Costa – bom início de jogo, alguns passes excelentes. Depois a sua exibição caiu a pique em qualidade e acabou por ser substituído.
C.Rodriguez - tem uma qualidade técnica acima da média. Controla muito bem a bola e cria sempre muito perigo para os adversários. Faltou-lhe equipa para o acompanhar
Cardozo – o investimento feito nele, era como objectivo principal, fazer o contrário daquilo que fez ontem, ou seja, não falhar as oportunidades que tem, e que até nem são poucas.
Di Maria – entrou para o lugar do inexistente Maxi, mas esteve ao mesmo nível. Repetiu uma situação que já vem a fazer quando entra, que é tentar o remate de longe perfeitamente desenquadrado, que obviamente apenas tem como resultado bolas para fora. Mais um que merecia ser tratado como um cachopo.
Nuno Gomes – não trouxe nada
Bergessio – nada trouxe… nem sei se tocou na bola…

Camacho – não se pode culpar o treinador, porque a estratégia que montou foi bem conseguida, não tem é culpa que a equipa não consiga marcar as várias oportunidades. Falhou no tempo excessivo em campo de Maxi e Rui Costa e falhou na colocação de Bergessio. Uma aposta em Adu talvez tivesse sido mais benéfica.


Celtic 1 - 0 SL Benfica
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Análise » Paços Ferreira – Benfica (1-2)

Uma sempre complicada deslocação à Mata Real, trouxe desta vez o esperado para todos os benfiquistas, a vitória após o 1º desaire do líder e recuperação de alguns pontos para o primeiro lugar e assegurar a continuidade do 2º. A equipa entrou bem no jogo e chegou com naturalidade à vantagem num livre muito bem marcado por Rui Costa a colocar a bola na cabeça de Rodriguez a fazer um desvio perfeito ao ângulo da baliza. Mas a equipa não soube dar continuidade à vantagem que adquiriu e deixou a equipa pacense reagir, tendo mesmo minutos depois chegado ao empate. O jogo entrou num período de desnorte completo, com a equipa do José Mota a fazer uma grande pressão e a correr como se fosse um jogo de vida ou morte. A 2ª parte trouxe um pouco mais do mesmo, algumas oportunidades desperdiçadas para ambas as partes. Operaram-se algumas substituições que vieram a trazer mais frutos para o Benfica do que para os visitados. Mais uma vez na recta final do jogo o Benfica consegue chegar à vitória, livre mais uma vez marcado por Rui Costa, novamente cabeceamento de Rodriguez que é defendido por Peçanha, mas Katsouranis marca na recarga e dá 3 importantes e moralizadores pontos.

Análise individual
Quim (8) voltou à baliza após castigo e voltou às grandes exibições, mostrando que o jogo do Marítimo foi apenas um dia mau.
Luis Filipe (5) continua numa regularidade ridícula
Luisão (7) – está a demorar um pouco a conseguir chegar à forma desejada mas lentamente vai demonstrando que caminha para lá.
Katsouranis (8) – excelente exibição do grego, muito certo na defesa, ajudando mesmo no meio campo várias vezes na transposição para o sector mais avançado e marcando ainda o golo da vitória.
Leo (8) – grande jogo do lateral brasileiro. Uma arma sempre importante mesmo no ataque, com combinações e subidas á linha causando sempre enormes dificuldades aos adversários. Quase que marca num remate defendido por Peçanha e “cava” a falta do golo da vitória.
Binya (7) – um jogo de muita luta do internacional camaronês. Sempre muito combativo no meio campo ganhando várias bolas e ajudando várias vezes os defesas nas dobras.
Maxi (6) – já lhe vimos fazer bem melhor. Foi o 1º a ser substituído com naturalidade
Nuno Assis (6) – mais um jogo pouco feliz do médio português. Responsável pelo golo sofrido ao deixar fugir Cristiano. Podia ter marcado num remate perigoso que teve ainda na 1ª parte e dado um tom bem positivo à sua actuação e ainda faz uma assistência para o remate perigoso de Leo num contra-ataque conduzido por si.
Rui Costa (6) – actuação pobre do maestro. Muitos passes falhados e perdas de bola. A sua actuação tem nota positiva apenas pela categoria que teve para colocar a bola nos companheiros nos livres que deram os 2 golos.
Rodriguez (8) – mais um bom jogo do uruguaio que jogo após jogo demonstra que foi a melhor aquisição da equipa. Marca o 1º golo e está também no 2º para além de uma quantidade enorme de excelentes pormenores durante o jogo todo.
Cardozo (6) – muito só na frente. Pouca produtividade. Claramente a actual maneira de jogar e esquema táctico não o favorecem.
Nuno Gomes (6) – entrou para ajudar Cardozo e conseguiu de alguma maneira complicar e dificultar a tarefa da defesa do Paços, segurando bem a bola e combinar com exactidão com os colegas.
Di Maria (5) – imprimiu alguma velocidade no jogo. Não foi muito objectivo e não aproveitou o cansaço de adversário como em outros jogos em que saiu do banco
Freddy Adu (4) – o talismã da equipa entrou para o lugar do esgotado Cardozo, mas não teve tempo para fazer muita coisa.

Camacho (7) – o único treinador que conseguiu ganhar na Mata Real nos últimos 6 anos, e já lá vão 3 vitórias. Com certeza que o treinador já faz contas e planos a este plantel. Há claramente jogadores que vão ser dispensados, pois não são alternativas para uma equipa como o Benfica. Espero que haja desta vez um planeamento atempado e acertado para o mercado de Inverno


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sexta-feira, novembro 02, 2007

Análise » V.Setúbal - Benfica (2-1)

Sem surpresas, merecidamente e quase propositadamente o Benfica saiu finalmente da Taça da Liga eliminado pelo Vitória de Setúbal que se apresentou na máxima força e com bastante vontade de seguir em frente na competição. Camacho mais uma vez utilizou esta competição para dar minutos aos menos utilizados que mais uma vez comprovaram que lhes falta qualidade para dar competitividade à equipa normalmente titular. Uma equipa como o Benfica tem que ter um conjunto de jogadores, onde os menos utilizados dêem garantias a possíveis lesões ou a proporcionar descanso, rotatividade e principalmente para motivar o grupo todo a trabalhar ao máximo, para que nunca ninguém se sinta titular indiscutível. Mas infelizmente há pelo menos uma meia dúzia que não tem categoria para envergar a camisola encarnada. Miguelito, Luís Filipe, Bergessio, Nuno Assis, Andres Diaz são a personificação disso mesmo. Fábio Coentrão, Dabao, Adu, Bynia e Di Maria esses sim são os jogadores que precisam destes jogos para evoluírem, mas tendo em conta que são muito jovens necessitavam de jogadores de qualidade e experientes ao seu lado para que isso aconteça. Um conjunto incapaz de jogar minimamente perante as exigências da grandeza do clube impede que estes jovens consigam se soltar e evoluir. Nem a inclusão de Luisão e Rodriguez no onze foi suficiente para dar alguma qualidade e tranquilidade.
Ou seja, no fundo, a equipa que se apresentou em Setúbal era um misto de juventude inexperiente e jogadores sem classe. O resultado foi óbvio e previsível, uma derrota e uma eliminação mesmo com uma vantagem conseguida no final da 1ª parte através de um penalty que o jovem Adu converteu. A 2ª parte foi um declínio acentuado e uma reviravolta merecida no resultado (2-1) pela parte do conjunto bem organizado por Carlos Carvalhal.
Acho gritante a incapacidade de surgirem jogadores na "cantera" benfiquista para o ataque ou extremos de vocação também atacante. É vê-los a nascer no Porto e Sporting... e no Benfica, nada... O Porto consegue formar jogadores como Veirinha, Hélder Barbosa, Bruno Gama... No Sporting já é mais que conhecido os talentos que surgem ano após ano... As condições já existem no Seixal... mas ainda não vi resultados...

Análise individual
Butt - se era esta a oportunidade que tinha para tentar ficar com o lugar, parece-me a mim que a perdeu. Demasiado nervoso e com alguns erros técnicos nas intervenções que fez.
Luis Filipe - confirmou apenas que o jogo com o Marítimo foi apenas um Oásis no deserto de ideias e tudo mais de positivo que poderia acontecer nas suas exibições
Luisão - fraca prestação. Continua a perder confrontos aéreos para jogadores de estatura mais baixa, mais uma vez apenas pelos seus sucessivos maus posicionamentos.
Zoro - voltou a comprometer, culpado principal no 1º golo e incapaz de fechar o ângulo no 2º. Era um jogador de quem esperava muito mais pelo que já vi fazer.
Miguelito - insiste em demonstrar que não tem capacidade para estar neste clube e ao nível do que já lhe vimos fazer em outros. Mais um caso do "peso da camisola"
Bynia - menos faltoso, mas também menos influente e interventivo. O companheiro do lado e a falta de um organizador também complicou.
Edcarlos - não queria acreditar quando o vi no meio do terreno e depois do jogo tinha mais que razões para a incredibilidade. Ainda assim ainda foi perigoso com 2 bons cabeceamentos no ataque.
Di Maria - não entendo porque é que Camacho insiste em colocá-lo a titular quando ele não tem qualquer rendimento.
Cristian Rodriguez - sentiu a falta do companheiro de flanco, Leo. Acusou cansaço e demasiado peso nos ombros com uns colegas sem capacidade.
Freddy Adu - marcou mais uma vez, agora de penalty tal como na Reboleira. Contagiado pela apatia geral, perdeu fulgor na 2ª parte, mas mesmo assim quase que qualificava a equipa num remate dentro de área defendido com muita dificuldade pelo guarda-redes.
Bergessio- melhorou ligeiramente relativamente ao que tem feito, tendo inclusive um remate bastante perigoso. Mas muito pouco para o que era minimamente exigido.
A.Diaz - teve o mérito de não fazer asneiras e conseguir até boas combinações, mas a infelicidade de entrar no pior período da equipa.
Fábio Coentrão - não caiu tantas vezes e até ainda conseguiu criar algum perigo. Levou um amarelo por estupidez e por minha vontade levava era uma chapada como se faz aos cachopos...
Dabao - mais uma vez vi nele ingenuidade e estupidez táctica e posicional. São invariáveis as vezes que vai tentar ajudar os colegas de flanco quando deveria estar na frente à espera de um cruzamento ou uma assistência. Assim não dá...

Camacho - utilizou a competição para observar as lástimas que por lá andam e assim fazer uma selecção dos dispensados para Janeiro. Não entendi a colocação do Edcarlos no meio campo, mesmo tendo em conta a falta de opções. Escusava de demonstrar tão evidentemente o desinteresse na competição ao escolher o Adu para sair e entrar o Dabao, quando podia tirar os cepos mais atrasados, como o Luis Filipe, o Miguelito ou mesmo um central.


Video by pandafixe